Para este fim-de-semana, o Novo Jornal Online sabe que um forte dispositivo da Polícia Nacional vai entrar nas zonas tidas como mais sensíveis para estancar este "surto" de criminalidade e devolver alguma tranquilidade às populações.

Ainda ontem, quinta-feira, por volta das duas horas da tarde, no bairro de Talatona, foi morta a tiro uma funcionária de uma dependência do Banco Millenium Atlântico, durante o que se presume ter sido uma tentativa de assalto.

Segundo o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional de Luanda, inspector- chefe Mateus Rodrigues, o caso aconteceu numa das ruas daquele bairro, quando a mulher, que seguia numa viatura conduzida por uma colega, foi surpreendida por dois indivíduos que se faziam transportar numa motorizada.

"Na sequência, os meliantes, empunhando armas de fogo, exigiram que paragem da viatura, mas a motorista acelerou e um dos assaltantes disparou, tendo atingido a colega na nuca, acabou por falecer a caminho de uma unidade hospitalar", descreveu o oficial à Angop.

Mateus Rodrigues presume que a acção teve como propósito o roubo da viatura em que as vítimas seguiam.

Aquele oficial da Polícia Nacional aproveitou a oportunidade para destacar a bravura e tenacidade dos polícias mortos, nas últimas semanas, por meliantes nos municípios do Cazenga e Viana, manifestar a consternação da corporação pela perda e apresentar às famílias enlutadas o mais profundo sentimento de pesar.

E, acrescentou, lembrando que "os agentes mortos estavam verdadeiramente comprometidos com o bem comum, eram homens de valores que partilhavam a vontade de proteger os cidadãos, dentro do ideal de servir a Nação angolana".

Com uma nova estratégia de comunicação, desenvolvida pelo próprio Ministério do Interior, a Polícia Nacional tem estado mais activa e próxima dos cidadãos.

É neste sentido, também, que aquele porta-voz da PN apelou aos próprios cidadãos que participem "na sua própria segurança, colaborando na denúncia de actos de delinquência, principalmente na sua área de residência, e tenham a responsabilidade e o sentido do bem-estar social".

O oficial da corporação concluiu confirmando que investigações continuam, no sentido de deter todos os implicados nos homicídios dos últimos meses, incluindo aqueles que provocaram as mortes violentas do português Jorge Guerra, no Cacuaco e do casal luso-angolano na Via Expresso, em Viana.