Com o título "Somente a verdade nos libertará. Chega de Falácia", Waldemar Bastos partilha o que descreve como o seu "mais profundo e sincero desabafo".
Dirigindo-se aos amigos e fãs, o músico revela, "para que não haja dúvidas", que tem sido alvo de perseguições.
"Eu e a minha família, por onde andamos, somos perseguidos todos os dias palmo a palmo pela polícia secreta e "bufos", isto é, vigiados pelo poder que governa o nosso País. Isto é muito sério e falo com total verdade", escreve Waldemar Bastos, acusando os órgãos de comunicação estatais de usarem indevidamente o seu nome.
"Porque será que sempre que canto no estrangeiro - agora em Portugal (Gulbenkian dia 24/6/16), Luxemburgo, Estados Unidos da América, e outros continentes pelo mundo -, a Angop e o Jornal de Angola publicam a notícia fazendo parecer que está tudo bem comigo ao povo, querendo tirar proveitos de uma referência quando afinal [a mesma] é sempre perseguida e maltratada?", questiona o músico.
"É errado usar o meu nome para enganar as pessoas, o povo soberano de Angola e o Corpo Diplomático estrangeiro acreditado em Angola, para fazer crer que está tudo bem, que existe democracia", reforça.
"Sabem bem que o povo me ama, então é preciso mentir, baralhar, pois é feio e indesculpável", prossegue, lamentando que Angola seja "só para os "artistas" militantes do MPLA e que mais bajuladores".
"Sendo referência nacional da arte e da música do nosso País, são poucas ou nenhumas as vezes em que me deixaram cantar no meu País Angola, o meu País, a minha Terra, a nossa terra. Porquê?", insiste Waldemar Bastos, remetendo explicações mais detalhadas para outra ocasião.
"Explicarei um dia que já não esta longe", promete, reiterando o apelo: "Basta de mentira, de hipocrisia e de falsidade".
O desabafo de Waldemar Bastos lê-se poucos dias depois de Paulo Flores ter criticado o que diz ser um aumento de repressão em Angola.