A informação foi avançada pelo director do Serviço, Domingos Azevedo, à margem da assinatura de quatro protocolos entre o Ministério das Pescas de Angola e da Namíbia, entre os quais no domínio da monitorização, vigilância e fiscalização marítima.

Há três anos que Angola mantém sob proibição a pesca do carapau para a recuperação da biomassa, que apresenta registos muito baixos nos últimos anos.

Segundo Domingos Azevedo, a medida tem surtido efeito, e já se nota uma recuperação das biomassas de carapau.

"O governo anualmente aprova uma quota de importação de carapau, de 90 mil toneladas e à semelhança dos outros anos, esse ano também foi aprovada essa quota e o ministério já distribuiu a quota aos armadores licenciados", disse o responsável, acrescentando que o carapau é uma espécie que merece uma atenção especial.

Relativamente à cooperação com a Namíbia, Domingos Azevedo disse que foi identificada a necessidade de se reactivarem as patrulhas conjuntas realizadas no passado.

"Num passado não muito longínquo, 2004 e 2005, fizemos algumas patrulhas aéreas com aviões fretados através da Namíbia, que deu muitos bons resultados, além das patrulhas aéreas fizemos também patrulhas marítimas conjuntas. E queremos reactivar essas patrulhas porque são muito eficazes, porque a fronteira sul é uma zona muito rica em peixe e normalmente há sempre a tendência dos armadores direccionarem a pesca para aquelas áreas", frisou.

A formação de quadros é igualmente outra área de interesse para ambos os países, adiantou o responsável angolano.