Segundo o director-geral da Agência de Regulação dos Postos de Telecomunicações de Conacri, Antigou Chérif, as investigações conduziram à identificação de uma célula do grupo criminoso em Angola, composta por cidadãos guineenses a residir no país, bem como por nacionais da Somália.

Em declarações à imprensa local, o responsável adiantou que as autoridades guineenses já entraram em contacto com as congéneres angolanas, no sentido de deterem os eventuais cúmplices da rede de pirataria telefónica que se encontram em Angola.

De acordo com os investigadores, os suspeitos pirateavam o serviço de telecomunicações guineense para realizar chamadas internacionais ao custo de chamadas nacionais. A fraude era concretizada com recurso a aparelhos especialmente programados para manipular o sistema, muitos dos quais foram apreendidos nos últimos dias nos subúrbios de Conacri.

Sem revelar o impacto financeiro do esquema, Antigou Chérif adiantou apenas que a fraude prejudicou a qualidade do serviço telefónico no país, e, ao subtrair os lucros das operadoras telefónicas, implicou um menor encaixe de impostos para o Estado.