Tais avanços, ocorridos em parte graças a uma combinação de factores, tais como o fim do conflito armado e um boom na produção de petróleo, nosso principal produto de exportação, garantiram durante algum período de tempo um espectacular crescimento da economia nacional, que infelizmente tem vindo a perder fôlego nos últimos anos devido à queda do preço do barril de petróleo.

A história económica recente de Angola tem vindo a demonstrar que aumentar a quantidade de infra-estruturas, bens e serviços, é fundamental para proporcionar crescimento, mas alargar para toda sociedade as condições de acesso a ditas infra-estruturas, bens e serviços, e conferir qualidade das mesmas é fundamental para garantir sustentabilidade.

Há cada vez mais provas indicando que simplesmente aumentar o número de quilómetros de estradas, reabilitar infra-estruturas de transporte, construir mais escolas, hospitais e empregar mais funcionários públicos pode a longo e médio prazos não significar necessariamente robustez económica, nem resultar em melhoras consideráveis nas condições económicas dos cidadãos mais vulneráveis.

Existem inclusive vários estudos que mostram que os investimentos nos sectores acima mencionados podem significar muito pouco em termos de crescimento económico sustentável.

(Pode ler este artigo na íntegra na edição n.º 454 do Novo Jornal, nas bancas e também disponível em versão digital, que pode pagar via multicaixa)

*Coordenador do Observatório Político e Social de Angola