Englobadas no sector social estão as despesas previstas para a Educação, Saúde, Protecção Social e Habitação, Cultura e Ambiente, nas quais o OGE pouco passa dos 27 por cento das verbas totais, sendo apenas superiores às que em 2003 surgiam destinadas pelo orçamento à Educação, Saúde, Protecção Social, Habitação e Serviços Comunitários, Recreação, Cultura e Religião e Protecção Ambiental, num total de 13,4 por cento.

O Expansão lembra ainda que as despesas sociais estão em queda há dois anos, ficando em dois orçamentos consecutivos abaixo da fasquia dos 30 por cento das despesas totais, apesar de, em 2009, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter, no âmbito do Empréstimo de ajuda à Balança de Pagamentos, colocado como condição que estas despesas não ficassem aquém dos 30 por cento.

No entanto, sublinha o semanário económico, dos dados divulgados pelo Executivo, retirasse que o peso das despesas sociais no OGE 2017 é de 38,5 por cento, mas os cálculos do Governo excluem das despesas totais as operações da dívida pública, permitindo assim "inflacionar" o peso deste sector no orçamento.

Em kwanzas, estas percentagens são traduzidas pelo Expansão com um recuo de 1, 923 mil milhões para 1,915 mil milhões de kwanzas, entre os OGE de 2016 e o de 2017.