A justificação foi hoje avançada em conferência de imprensa realizada na barragem de Cambambe pelo ministro da Energia e Águas.

João Baptista Borges advertiu ainda para a previsão de cortes, especialmente em Luanda, a partir do final do próximo mês de Janeiro, quando, para que seja possível encher a albufeira da barragem de Laúca, em fase final de construção e que fica a jusante de Cambambe, no rio Kwanza, a produção de energia será diminuída, permitindo a passagem de mais água.

Apesar de ser um mês onde se esperam, normalmente, temperaturas elevadas, estes cortes de energia e o enchimento da barragem de Laúca estão previstos mas, se o ano for chuvoso, poder-se-ão evitar.

Com cortes ou sem interrupções circunstanciais de energia a Luanda, o governante disse ainda que a partir de Julho, quando se prevê que a albufeira de Laúca esteja plena e parte do seu equipamento de produção de energia a funcionar, as melhorias no abastecimento serão visíveis e permanentes.

Em Julho, adiantou, Laúca já estará a produzir uma parte da sua capacidade máxima de cerca de 2 000 megawatts, o que deverá alterar o actual sistema de produção com melhorias anunciadas para todo o país abrangido pelas linhas de transporte destes dois sistemas de produção, Laúca, que custará mais de 4,5mil milhões de dólares e vai ser a mais potente do país, e Cambambe.

No entanto, para o mês de Julho, o sistema de turbinas de Laúca começará com apenas 600 megawatts, capacidade standard para o primeiro grupo gerador, estando o resto da capacidade, seis grupos para 2 070 megawatts, operacional até ao final do ano de 2017.