Se na segunda-feira o valor de um milhão e meio de kwanzas a atribuir ao vencedor do prémio literário "Sagrada Esperança" parecia ser incomportável para a organização, hoje a realidade é outra.

Cerca de 24 horas depois de o Ministério da Cultura informar que, "razões financeiras não se procedeu à avaliação das obras concorrentes ao prémio 'Sagrada Esperança' edição 2016", o mesmo ministério vem dizer que "está a decorrer o processo de avaliação das obras concorrentes" à edição de 2016, acrescentando que "oportunamente será dado conhecimento público das decisões do júri".

O novo comunicado, assinado pela ministra Carolina Cerqueira, não explica se houve uma reavaliação da disponibilidade financeira ou uma entrada inesperada de recursos, nem esclarece se a primeira informação foi divulgada de forma precipitada.

O prémio "Sagrada Esperança" é atribuído anualmente, pelo Instituto Nacional das Indústrias Culturais de Angola e pela Fundação António Agostinho Neto, para encorajar a produção literária nacional.

Com 30 candidaturas registadas para a edição de 2016 - quase metade das inscrições de 2015 -, o vencedor deverá ser anunciado em Abril e não em Janeiro como tem sido hábito.