O Oshen Group assumiu ontem que é o novo proprietário do Colégio Turco, num encontro com pais e encarregados de educação dos estudantes da extinta instituição, conduzido por dois representantes do grupo - António Carlos Oliveira e Hélder Rosa - e um membro da anterior direcção do estabelecimento (na foto).
A reunião, segundo adiantou ao Novo Jornal online um dos progenitores, permitiu descortinar parte dos planos traçados para a instituição, embora uma das maiores indefinições permaneça: o que vai acontecer aos estudantes, que estão desde sexta-feira sem aulas?
A resposta deverá surgir até ao final da semana, e, com ela, talvez apareça também o novo nome do colégio, por enquanto desconhecido. Sabe-se apenas que os novos donos são os mesmos que recentemente assumiram a gestão do Hospital King Faisal, no Ruanda.
O grupo Oshen é um dos projectos em destaque da ABO Capital, empresa angolana de investimento internacional liderada por Zandre Campos, com interesses nos sectores da energia, transporte, hotelaria, saúde, tecnologia e imobiliário.
Anteriormente conhecida como Angola Capital Investments, a ABO Capital assume como missão "criar valor global para os países em desenvolvimento em África, contribuindo ao mesmo tempo para o seu desenvolvimento económico".
O desafio expande-se agora para o sector da Educação, com a compra do Colégio Turco, processo que terá começado no final do ano passado, após terem tomado conhecimento de um despacho do Presidente da República, ordenando o encerramento da instituição e a revogação dos vistos do seu corpo docente.
Dinheiro pago em propinas não deverá ser devolvido
Agora que o negócio foi revelado, os responsáveis estão a trabalhar na mudança de identidade da escola, processo que antecipa um período de transição, que poderá adiar o regresso às aulas para o próximo ano lectivo.
Contudo também existe a expectativa de que prazo seja encurtado caso a direcção anterior se mantenha, hipótese que ajuda a explicar a presença na reunião de um elemento do elenco directivo "esvaziado".
Além da urgência de resolver o futuro dos estudantes, os pais e encarregados lembram que a maioria já pagou na íntegra as propinas do presente ano lectivo, valor que, somado ao preço da matrícula, ronda o milhão de kwanzas. Apesar disso, mesmo que as aulas prossigam nas mesmas instalações, as verbas foram transferidas para as contas bancárias do colégio encerrado, afastando a esperança de uma recuperação dos valores.