O Tianhe-3 vai permitir à China somar muitos milhões de cálculos por segundo de avanço aos actuais supercomputadores, tendo ainda como particularidade ser totalmente construído no país, ao contrário do TaihuLight, que incorporava algumas das suas partes mais especiosas importadas, nomeadamente dos EUA.

Mesmo que não seja um tema muito falado, a verdade é que o mundo assiste hoje a uma corrida digital pela maior capacidade de computação, cujo resultado pode ser, entre outras, gerar vantagens na descoberta de curas para doenças, de analisar o curso de epidemias, na investigação de armas nucleares, no estudo do cosmos ou de prever a evolução de mercados financeiros...

As expectativas chinesas são que o novo supercomputador, actualmente na fase de finalização do protótipo, esteja operacional em 2020 e, ainda numa escala maior, terá 200 vezes mais capacidade que aquele que ainda em 2010 era o mais rápido do mundo, o também chinês Tianhe-1.

Nesta corrida desenfreada por agregar capacidade de computação, estão, para além da China, os EUA e o Japão em destaque, mas também países como a Rússia ou alguns europeus, embora a escala que se propõem agora atingir os investigadores chineses, segundo a imprensa especializada, ainda não tem sequer uma referência em termos de capacidade, sendo, para já, seguro, que este novo supercomputador estabelecerá uma nova referência.

A denominada "exascale", destinada a distinguir os computadores com capacidade de pelo menos um exaFLOPS, igual a mil milhões de milhões de cálculos por segundo, é onde se trava esta guerra e os especialistas admitem que não existe erro quando se afirma que a este ritmo, em poucos anos, mesmo esta extraordinária escala ficará para trás, mesmo que ainda seja difícil perceber que caminhos este mundo novo permitirá trilhar.