"Conduzo o grupo Cochan com a crença de que o investimento deve ser positivo, responsável, sustentável e duradouro, e produzir impacto junto dos consumidores, trabalhadores, fornecedores, parceiros e comunidades", escreve o general "Dino", num artigo intitulado "Investir positivamente: A importância da responsabilidade social corporativa em Angola".

O texto, publicado no site da revista sul-africana African Business Review, insiste na ideia de que "hoje em dia os negócios estão a tornar-se mais do que negócios", no sentido de que "devem ver além dos próprios interesses" e integrar, na sua estratégia e prioridades, os interesses de todos os que os rodeiam.

A "fórmula" inclusiva está na génese da criação do grupo Cochan, garante Leopoldino Fragoso do Nascimento, para quem o projecto nasceu do desejo de ajudar Angola na reconstrução e desenvolvimento, após quase quatro décadas de uma violenta guerra civil.

"Criámos o grupo para ser global, produtivo e inclusivo, e ser capaz de gerar riqueza e emprego, bem como reduzir a pobreza e proteger o ambiente", descreve o responsável, assumindo a ambição de se tornar um exemplo e de estar na linha da frente das melhores práticas neste domínio.

"Deixamos a nossa marca nas vidas de quem se cruza connosco", congratula-se o general "Dino", destacando a aposta do grupo Cochan no recrutamento, formação e crescimento das comunidades locais.

Como exemplos deste compromisso, o empresário aponta a Biocom, destacando o facto de, em 2016, ter conquistado o prémio de Melhor Programa de Responsabilidade Social nos prémios Sirius, atribuídos em Luanda pela consultora Deloitte.

Na base desta distinção, aponta o presidente do Cochan, está, por exemplo, o desenvolvimento de um projecto de literacia para jovens e adultos, "que já beneficiou mais de 700 pessoas", bem como a aposta numa fábrica de sabão caseiro, erguida com os esforços de 12 empreendedores locais.

"O nosso compromisso com Angola é para sempre", rematou Leopoldino Fragoso do Nascimento, sublinhando ainda os méritos sociais da cadeia de supermercados Kero, bem como da empresa agrícola DT Agro - que através da reconstrução de um canal de irrigação do Rio Catumbela viabilizou o cultivo de vários produtos hortícolas e frutícolas.