"As acções da SEC [regulador norte-americano dos mercados financeiros] e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos criaram uma publicidade negativa significativa para Angola, e aumentaram a percepção de que o país é um dos mais corruptos no mundo", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista 'The Economist'.

Lembrando que Angola está em 164.º lugar de 176 países analisados no 'ranking' sobre a corrupção, feito pela Transparência Internacional, os analistas dizem que "a potencial abertura de uma nova investigação envolvendo a Sonangol vai fazer pouco para ajudar a empresa a melhorar a sua imagem global".

Por outro lado, concluem, a notícia é também negativa para a empresa e para a sua presidente, Isabel dos Santos: "Representa um desafio significativo à reputação da nova presidente, a bilionária filha do Presidente e, nos meses anteriores às eleições legislativas, pode ser problemático para os antigos executivos da Sonangol que saíram da empresa, mas continuam entre os principais membros do partido no poder", escreve a EIU.