A reunião do plenário da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de quarta-feira, 24, ficou marcada pela insólita declaração de um dos seus membros, que prometeu suicidar-se em caso de vitória da UNITA nas eleições gerais, apurou o Novo Jornal junto de um funcionário daquele órgão, que solicitou anonimato.

O comissário João Maria Pokongo, jurista de profissão e tido como tendo ligações aos Serviços de Inteligência, foi o protagonista da inédita actuação, quando, em consequência de uma calorosa discussão entre os membros daquele órgão, foi mencionado como tendo sido autor de tal afirmação.

A declaração teria sido feita antes em circunstâncias não apuradas pelo Novo Jornal, pelo que teria sido levantada em jeito de reparo por um outro comissário, ao que João Maria Pokongo respondeu, reiterando sem hesitar, que cometeria tal crime caso a segunda maior força política do país vença as eleições de Agosto.

O Novo Jornal contactou outras fontes para apurar o sucedido, mas estas negaram-se a confirmar ou a desconfirmar o facto, lembrando apenas que enquanto parte integrantes estão expressamente proibidos de fazer declarações públicas sobre o que quer que seja. João Maria Pokongo, um dos 17 membros da entidade administrativa não integrada na administração directa e indirecta do Estado, que goza de independência orgânica e funcional, segundo a fonte do Novo Jornal, coloca em causa a imparcialidade dos membros daquele órgão que deveria agir no estrito respeito ao princípio da imparcialidade.

(Leia esta história completa na edição 484 do Novo Jornal, nas bancas e também disponível por assinatura digital, que pode pagar no Multicaixa) Partilhar no Facebook