O Decreto Executivo nº 108/19 de 11 de Abril diz no preâmbulo que a Rebita foi uma das mais importantes danças e cantares populares em Angola, estando hoje circunscrita à província de Luanda.

A origem deste género remonta, segundo alguns historiadores, ao período das invasões francesas em Portugal, no século XIX, quando umas dezenas de nobres portugueses procuraram refúgio em Luanda, onde retomaram os hábitos de dança de salão, criando associações que acabaram por influenciar os habitantes locais através da organização de bailes de acordo com a coreografia de um conhecido género popular de dança francesa do século XVII, o cotillon.

A Rebita manteve alguma popularidade durante o período colonial, tendo caído em desuso ao longo do século XX, desaparecendo rapidamente após a independência, em 1975, mesmo enquanto manifestação popular de recuperação cíclica em função de determinadas festividades, como acontece ainda hoje com algumas tradições culturais ancestrais.

Ao declarar a Rebita como Património Cultural Imaterial Nacional, o Governo pretende "evitar o seu desaparecimento" de molde a "promover medidas que visem a sua valorização e preservação" para que esta possa estar acessível às gerações futuras.

O decreto diz ainda no seu Artigo 2º que compete às entidades competentes da administração local do Estado, em colaboração com os agentes culturais e cidadãos desenvolver as acções de revitalização e conservação da Rebita.

Este género de dança é alicerçado em vozes de comando ditas pelos homens enquanto as mulheres se movem graciosamente em seu torno pelo salão.