NJ - O grupo propõe uma taxa de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 14 por cento. Porquê?
AS - Temos uma base de referência. Angola ratificou o acordo da SADC e, segundo esse acordo, o país não pode ter uma taxa de IVA inferior a 10 por cento. O que fizemos foi ir buscar primeiro a média da SADC, que são 15,5 por cento. Os 14 por cento são o máximo como proposto, não quer dizer que será realmente esta a taxa para o IVA. A taxa final vai depender dos estudos de impacto económico que estão a ser desenvolvidos pelo centro de pesquisa da Universidade Agostinho Neto, nas famílias e nos agentes económicos.
No entanto, a taxa definitiva não poderá estar abaixo dos 10 por cento.
O que temos actualmente no imposto de consumo são as taxas de 5 e 10 por cento para os serviços, a nível da produção temos taxas que variam de 2 a 80 por cento.

NJ - Irão uniformizar a taxa a ser paga?
AS - A nível do IVA, sim. Porque vamos revogar o imposto de consumo na totalidade. Em simultâneo, está-se a trabalhar no Imposto Especial de Consumo (IEC). Esse imposto vai operar também no mesmo momento em que o IVA e vai agravar a taxa dos bens nocivos à saúde, como as bebidas alcoólicas e o tabaco, por exemplo.

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