Segundo a governante, a parceria de Angola com o Turismo de Portugal vai ser rubricada durante a visita que o Presidente da República, João Lourenço, vai efectuar a Lisboa na próxima semana.

"O turismo estará presente na agenda da visita, será assinado um acordo entre o Turismo de Portugal e o Instituto de Fomento do Turismo de Angola, mas independentemente desta área, temos outras iniciativas no domínio da formação, e estamos muito interessados em ver a experiência que Portugal tem no domínio na formação, que é a grande vulnerabilidade dos serviços de hotelaria e turismo, que é a força de trabalho", antecipou a ministra, citada pela agência Lusa.

Ângela Bragança falava aos jornalistas esta quarta-feira, 14, em Lisboa, à margem do evento Portugal Exportador.

Para além de destacar os benefícios da experiência portuguesa para Angola, a governante defendeu a aposta em alojamentos mais acessíveis à classe média, como forma de dinamizar o sector.

"Estamos a apostar não tanto nas unidades de cinco estrelas, porque Luanda já tem que chegue, temos de incentivar um turismo de alto nível e de eventos e negócios, mas o que vai dar mobilidade e maior força ao turismo são os 'lodges' e os 'resorts', que podem permitir um maior fluxo da classe média, que é o que vai dar suporte à indústria do turismo em Angola", apontou.

Segundo dados de 2017, o turismo em Angola empregava em 2015 cerca de 192.000 trabalhadores, atraía mais de 530 mil visitas anuais e contava com cerca de 180 unidades hoteleiras de várias dimensões, totalizando à volta de 8.000 camas.

Até 2020, o Executivo pretende empregar um milhão de trabalhadores nesse sector e captar 4,7 milhões de turistas (acumulado).