"Angola é membro da OPEP e a OPEP decidiu baixar a produção em 2,6% e Angola vai implementar esses 2,6%", disse o responsável da petrolífera nacional, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral da Organização dos países Exportadores de Petróleo (OPEP), que iniciou esta segunda-feira, 17, uma visita de dois dias ao país.

Segundo Carlos Saturnino, "considerando o que disse o secretário-geral [da OPEP], a baixa da produção terá como base a produção média em Outubro", o que no caso nacional implica um corte "de 29 mil e tal barris por dia".

O PCA da Sonangol reiterou que "Angola, como membro da OPEP, assume o compromisso de baixar a produção em 2,6%", acrescentando que a petrolífera nacional está a trabalhar para estabilizar a produção em torno dos 1,5 milhões de barris por dia.

Carlos Saturnino garantiu que essa meta está a ser acautelada, assegurando que só "se nada for feito" os valores serão inferiores.

"Tivemos uma situação no primeiro trimestre deste ano em que a produção baixou muito, mas também devido a uma série de problemas técnicos que foram surgindo - manutenção, disponibilidade de instalações, etc. Quando se fazem as análises dizendo que a produção pode ficar abaixo dos 1,4 milhões de barris/dia, ou mesmo chegar a um milhão, tem de se acrescentar sempre a frase "se nada for feito'", salientou.