Esta quinta-feira, 20, dia em que chegou ao País, em declarações aos jornalistas, após uma audiência com o Presidente da República, João Lourenço, Christine Lagarde explicou que "o FMI de hoje não é o FMI do passado", acrescentando que a instituição aprendeu com os erros. A responsável garantiu que o FMI defende "políticas amigas do crescimento".

Já o Chefe de Estado adiantou que as condições do financiamento concedido ao país, no valor de 3,7 mil milhões de dólares, "não têm qualquer comparação" com outros empréstimos da instituição a países africanos, "que têm sempre condições mais gravosas que Angola".

João Lourenço adiantou ainda que a primeira tranche do empréstimo, de quase 1.000 milhões de dólares, já foi disponibilizada.

O programa de apoio da instituição de Bretton Woods, que chegou a ser estimado pelo Governo em 4,5 mil milhões do dólares, destina-se essencialmente a apoiar as reformas económica e fiscal do país, estabilização do sistema financeiro nacional e também a redução da inflação.

O compromisso poderá ser alterado pontualmente, visto que o acordo a que as partes chegaram prevê revisões semestrais.

Para o dia de hoje, o último desta visita oficial, Christine Lagarde tem agendada uma reunião entre as delegações da instituição financeira internacional e da equipa económica do Governo. A reunião vai decorrer no gabinete do vice-Presidente, Bornito de Sousa.

Depois da reunião, Lagarde visitará o Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda, onde fará a entrega de donativos.

Da parte da tarde, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional terá "encontros bilaterais", não divulgados, e visita depois o escritório local do FMI em Luanda, e a Fortaleza de São Miguel, antes de deixar Luanda ao princípio da noite.