Num comunicado de imprensa colocado no site da instituição pode ler-se que "na qualidade de organismo de regulação e supervisão e garante da estabilidade do sistema financeiro, ao abrigo do disposto no artigo 21.º da Lei n.º 16/10, de 15 de Julho - Lei do Banco Nacional de Angola comunica a todas as entidade públicas e privadas que, pelo decurso do prazo previsto para o início de actividade das instituições financeiras não bancárias, previsto no número 1 do artigo 108.º da Lei n.º 12/15, de 17 de Junho - Lei de Bases das Instituições Financeiras, por Despacho datado de 27 de Abril de 2018, o Banco Nacional de Angola revogou as licenças das instituições."

Na mesma nota, o BNA informa que "no prazo de máximo de 30 dias, a contar da data da publicação do comunicado, devem participar junto do Departamento de Regulação e Organização do Sistema Financeiro, eventuais dívidas das mesmas".

As 19 casas de câmbio são a Somicre Pagamentos, S.A.; Mundifast Transfer, S.A.; Madama - Sociedade de Microcrédito, S.A.; Machege - Sociedade de Microcrédito, S.A.; Nedcrédito - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Africrédito - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Money Crédito Angola, Lda.; Pricrédito - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Credisumbe - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Naosu - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Crediangola - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Kofeleféle - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Suncred - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Crediflox - Sociedade de Microcrédito, Lda.; Jagina - Casa de Câmbios, Lda.; Novacambila - Casa de Câmbios, Lda.; Top One - Casa de Câmbios, Lda.; Panamoney - Casa de Câmbios, Lda.; Mukanda - Casa de Câmbios, Lda.

As casas de câmbio há mais de quatro meses que deixaram de obter divisas através dos leilões semanais realizados pelo Banco Nacional de Angola (BNA), o que provocou a paralisação das suas actividades.

A Associação das Casas de Câmbio de Angola (ACCA) remeteu, em Abril, uma carta ao governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, em que solicitava a liberalização total do preço das notas, podendo desta forma cada empresa praticar a sua tabela com vista a combater o mercado informal, bem como a autorização de operações enquanto agentes de correctoras do mercado de capitais e a permissão para exercer o serviço postal em todo o país, fazendo também as operações de pagamento de luz e água.
Na mesma carta dirigida ao governador do BNA, a direcção da associação dirigida por Hamilton Macedo pedia também que fosse autorizado às casas de remessas realizar trabalhos de venda de cartões pré-pagos a agentes das empresas de telemóveis.

A ACCA pedia ainda na mesma carta, no quadro das suas actividades, para realizar os serviços de transferência e consultoria a pequenas empresas, importadores e exportadores de mercadorias no valor limite de 50 mil dólares.

Desde o passado dia 2 de Maio, em que a moeda nacional sofreu mais uma depreciação de 0,757 por cento face ao Euro, que o BNA não realiza leilões de divisas.

Na mesma data, o banco central colocou no mercado 25 milhões de euros para importação de viaturas de transporte de carga e viaturas de transporte de passageiros.