O valor disponibilizado pelo BNA tem vindo a diminuir de mês para mês, o que voltou a criar dificuldades a quem precisa de transferir salários.

De acordo com alguns trabalhadores expatriados ouvidos pelo NJOnline, que no final do ano passado e princípio deste ano transferiam salários sem dificuldades, a situação tornou a piorar em Março deste ano, voltando os trabalhadores a ter de recorrer ao mercado paralelo para fazer face a compromissos nos seus países natais.

Em Junho, o banco central tinha colocado à disposição da banca comercial o equivalente a 550 milhões de dólares, valor muito diferente daqueles com que fechou 2018 (1,2 milhões) e abriu 2019 (950 milhões).

O BNA deixou também de impor o destino a dar aos dólares vendidos aos bancos comerciais.

De acordo com o Banco Nacional de Angola, nos primeiros seis meses deste ano já foram disponibilizados mais de 4.550 milhões de dólares através de leilões, em que parte desse montante se destinou à abertura e confirmação de cartas de crédito.

O banco central refere que, após cada sessão, divulgará, no seu portal institucional, o montante disponibilizado, o número de participantes, as taxas de câmbio máxima e mínima admitidas, bem como a taxa de câmbio média resultante da sessão.

No mercado paralelo, o euro continua a transacionar-se entre os 500 e 520 kwanzas, o mesmo acontecendo ao dólar, trocado entre os 430 e 440.