Em Malanje para auscultar a classe empresarial, José de Lima Massano lembrou a importância da produção nacional para reduzir a dependência do país em relação às importações, que continuam a consumir milhares de milhões de dólares das reservas internacionais do país.

"Estamos a importar de carnes 50 milhões de dólares por mês", apontou o responsável, sublinhando que os empresários têm um papel decisivo para inverter este quadro.

"Aqui em Malanje, o que não dá para produzir?", questinou o governador do BNA, dando um exemplo concreto do desperdício de recursos: "O feijão dá para tirar quatro vezes por ano, e nós importamos feijão".

José de Lima Massano lembrou que, para além dos bens alimentares, os encargos mensais do banco central incluem "uma procura mensal acima dos 100 milhões de dólares" para pagamento de salários de trabalhadores expatriados, e "uma procura mensal de cerca de 160 milhões USD" para viagens.

"Mas não fica por aí", sublinhou o responsável, lembrando que as reservas de divisas também têm de chegar parar pagar, entre outras, despesas com companhias aéreas, telecomunicações, medicamentos, equipamentos, peças sobressalentes e viaturas.