A informação consta de uma nota divulgada hoje, 26, pelo banco central, que esclarece que a intervenção não afecta as "as relações de negócios do BANC com os seus clientes", nomeadamente a segurança dos depósitos.

Segundo o comunicado, as medidas de saneamento adoptadas visam a reposição dos termos de sustentabilidade financeira e operacional do banco, face à indisponibilidade de os actuais accionistas acorrerem ao aumento de capital determinado pelo BNA, no quadro dos esforços para garantir a estabilidade do sistema financeiro nacional.

"A coordenação da implementação das medidas extraordinárias de saneamento, pelo Banco Nacional de Angola, será assegurada pelos Administradores Provisórios nomeados pelo Banco Central", indica o regulador, acrescentando que está em curso uma "avaliação detalhada da totalidade da carteira de crédito da instituição e sua afectação à componente a ser incorporada nos prejuízos".

Igualmente em perspectiva está "o levantamento dos elementos patrimoniais a serem objecto de alienação ou transferência e reestruturação das obrigações perante credores", informa o BNA.

O banco central esclarece ainda que os administradores nomeados exercerão as suas funções por um período de seis meses, prorrogável por igual período, "dentro do qual elaborarão um relatório sobre a situação patrimonial do BANC e as suas causas", para posterior submissão ao governador do BNA.