Em Abril vão estar em avaliação os activos dos bancos Angolano de Investimento (BAI), Fomento Angola (BFA), Comércio e Indústria (BCI), Poupança e Crédito (BPC), Internacional de Crédito (BIC), Millenium Atlântico (BMA), Sol, Negócios Internacional (BNI), de Desenvolvimento de Angola (BDA), de Comércio Angolano (BCA), Caixa Angola (CA), Económico (BE).

Manuel Tiago Dias diz tratar-se de "um exercício periódico, que visa apurar a veracidade das informações que estas instituições prestam ao BNA, em matéria de activos", e que o programa de avaliação da qualidade dos activos dos bancos comerciais foi elaborado em função do rácio de incumprimento ter subido, de 2016 a 2017, de 12,6 por cento para 28 por cento.

Manuel Dias, que falava à imprensa depois de apresentar a evolução recente da economia nacional ao corpo diplomático acreditado em Angola, falou ainda sobre a redução do financiamento ao sector privado, afirmando que a situação se deve aos elevados níveis de crédito malparado junto das instituições financeiras.
"Houve um período de maior actividade económica em que os bancos concederam vários créditos, mas, com queda da actividade, os beneficiários tiveram dificuldades em honrar os compromissos, situação que obrigou os bancos a terem mais cautelas", explicou.
Apesar da situação, declarou o vice-presidente do BNA, uma das prioridades do banco central para este ano é aumentar o crédito ao sector privado, no âmbito do apoio à produção nacional, exercício para o qual os bancos comerciais são incentivados a participar.