O Governo autorizou a Chevron a adiar o arranque da extracção de petróleo na área de desenvolvimento de Lucapa, no bloco 14, em águas profundas, tendo em conta os riscos apontados.

Em causa está, por exemplo, o perigo de "fuga de hidrocarbonetos do reservatório para o leito do mar", como resultado de "uma enorme falha na estrutura e sobrecarga fina", devido ao desfiladeiro do rio Congo.

Este diagnóstico já tinha conduzido, em 2013, à suspensão das actividades preliminares de engenharia naquela perfuração, para "avaliação e melhor entendimento dos riscos técnicos associados ao projecto".

O adiamento agora decidido consta de um decreto executivo de 22 de Novembro, assinado pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola, Diamantino Pedro Azevedo.

Refira-se que a Chevron tem como associados no bloco 14 a Sonangol Pesquisa e Produção (20%), os franceses da Total (20%), a italiana ENI (20%) e a portuguesa Galp Energia Overseas (9%).

O bloco 14 é constituído por oito áreas de desenvolvimento, nomeadamente: Kuito, Benguela-Belize-Lobito-Tomboco (BBLT), Tômbua-Lândana, Negage, Gabela, Malange, Lucapa e Menongue. As três primeiras áreas correspondem aos campos actualmente em produção.