O jornal, que afirma ter analisado "à lupa" o orçamento da Assembleia Nacional "que vai obrigar os deputados a "apertar` o cinto", diz que "ao contrário da maioria das "mordomias` dos deputados, que sofreram cortes significativos no orçamento da AN para 2018, a dotação orçamental para subsídio de renda até foi aumentada, passando de 565,2 milhões Kz em 2017 para 668,3 milhões, um aumento de 18%".

Fernando da Piedade dos Santos "Nandó", presidente da AN, vai receber cerca de 358 mil Kz mensais, mais 153 mil kwanzas do que os restantes deputados, "apesar de possuir um vasto património de imóveis em Luanda".

O subsídio, que é pago sem que seja necessária a apresentação de qualquer comprovativo, corresponde a 668,3 milhões de kwanzas do orçamento da AN.

O Expansão escreve que consultou uma dezena de deputados e "todos confirmaram nunca ter apresentado recibo de arrendamento, uma vez que nunca lhes foi exigido".

"E a maior parte também confirmou viver em casa própria na capital do País", pode ler-se ainda na notícia avançada pelo jornal económico, que contactou os líderes das bancadas parlamentares.

Segundo o jornal, apenas o líder da bancada da FNLA, Lucas Ngonda, aceitou falar.

"Em qualquer parte do mundo o deputado tem um estatuto próprio e a renda de casa está prevista na lei, e a lei, quando foi aprovada, não especificou que o deputado que tem casa própria não tem direito a subsídio e que devia apresentar o comprovativo de arrendamento" afirmou Lucas Ngonda.