Este diamantes, bem como outra gema, rosada, de 7,5 quilates, foi encontrado pouco tempo depois de Angola ter realizado, no final de Janeiro, um leilão em que os promotores arrecadaram perto de 16,7 milhões de dólares norte-americanos com a venda de um lote de sete pedras de qualidade excepcional, entre elas um Type Illa D-Colour, de 114 quilates, e um diamante cor-de-rosa, de 46 quilates.

De acordo com informação divulgada pela Lucapa, que tem como sócios na exploração da Sociedade Mineira do Lulo a Endiama (concessionária) e os privados da Rosa & Pétalas, estes diamantes de excepcional qualidade estavam guardados há já alguns meses para confirmar a melhoria substancial das condições de mercado geradas pela legislação aprovada recentemente para o sector.

Legislação essa, enquadrada pelo Decreto Presidencial de 19 de Junho, que colocou um ponto final na venda obrigatória a clientes preferenciais por parte dos produtores, como o Lulo, e ainda pela garantia de venda livre em mercado de até 60 por cento das suas produções.

O Lulo produziu, entre dezenas de outros grandes diamantes, os três maiores jamais encontrados em solo angolano, incluindo o de 404 quilates, que foi vendido em 2016, aos joalheiros de luxo suíços da de Grisogono, da empresária angolana Isabel dos Santos, por 16 milhões de dólares, tendo, no entanto, beneficiado dos descontos obrigatórios aos clientes preferenciais existentes na anterior legislação.

Foi ainda o Lulo que bateu o recorde global de preço por quilate nesse ano, em que os diamantes angolanos dali originários chegaram aos 2.983 USD/quilate, graças à fama que conseguiu este couto mineiro por causa da qualidade e da dimensão dos seus diamantes.