Estas nove 11 áreas de exploração, como a companhia australiana informou, resultam de um estudo realizado com recurso a medições electromagnéticas, numa extensão de terreno no interior da concessão, conseguidas através de um sistema de detecção das "anomalias" geofísicas, colocado num helicóptero

A Lucapa, empresa que está posicionada na bolsa australiana e pretende integrar o mercado bolsista londrino, com estas decobertas, deposita renovadas esperanças de manter a produção de diamantes de grande qualidade, depois do anúncio de vários ao longo do último ano, incluindo o de 404 quilates, em Fevereiro de 2016, o maior de sempre extraído nem Angola, que foi vendido por mais de 16 milhões USD à joalheira suíça De Grisogono, de Isabel dos Santos, e um conjunto alargado com entre 20 e 230 quilates.

Como nota a empresa australiana, das 11 áreas destacadas através dos chamado TDEM, método que recorre à pesquisa electromagnética, cinco estão situadas nas linhas de drenagem do Bloco 8, o mais prolífico em grandes gemas no Lulo e as perfurações estão calendarizadas para serem iniciadas em Setembro deste ano.

A Lucapa tem como parceiros nesta exploração a Endiama, concessionária, ambas com 40 por cento, e a privada Rosa & Pétalas. No primeiro semestre deste ano, o Lulo rendeu mais de 15 milhões USD em venda de diamantes em bruto, correspondendo a cerca de 1 700 quilates, tendo esta mina sido responsável pelo valor mais alto em todo o mundo por quilate alcançado em 2016, 2 983 dólares.

O Lulo, para além de ter sido local da extracção do maior diamante alguma vez encontrado em Angola - uma pedra branca de 404 quilates retirada em Fevereiro de 2016 -, e da descoberta de um diamante rosa de 38,6 quilates, o maior do género daí extraído até à data, foi ainda palco do aparecimento do 2º maior diamante com ADN angolano, já este ano, em Fevereiro, com 227 quilates, fazendo deste couto mineiro uma raridade que brilha no mundo inteiro.

No conjunto das suas explorações diamantíferas, Angola, onde está o maior kimberlito do mundo, no Luaxe, Lunda Sul, tem visto aumentar os dividendos, chegando aos 280 milhões kwanzas no primeiro semestre deste ano, cerca de quatro por cento mais que em igual período do ano passado.

Os diamantes somaram aos cofres públicos cerca de 1, 1 mil milhões de dólares em 2016, bastante longe dos mais de dois mil milhões que rendiam há 10 anos, tendo o país um potencial extractivo superior aos nove milhões de quilates por ano, podendo ser substancialmente superior quando entrar em funcionamento a mina do Luaxe, onde a Endiama terá como parceira e responsável pela gestão a gigante russa Alrosa, cujos administradores já admitiram que é um depósito calculado de mais de 35 mil milhões de dólares em diamantes.