O DP n.º 1/18 passa agora a quota detida pela Odebrecht para a "Wargan Holdings Limited, empresa cujo capital social é detido a 100% pela Alrosa", o gigante russo dos diamantes, cujos administradores têm afirmado publicamente a sua intenção de reforçar a aposta em Angola.

A mina da Catoca está avaliada em mais de 1.800 milhões de dólares. Já o valor da quota da Odebrecht não é conhecido, mas admite-se no sector que possa superar os 300 milhões de dólares. O decreto assinado por João Lourenço também não aponta valores para este negócio.

Os 16,4 por cento que a multinacional brasileira Odebrecht tem na Sociedade Mineira da Catoca vão ser distribuídos, em partes iguais, de 8,2%, pelos restantes sócios: a Endiama, que é a concessionária, a russa Alrosa, e a Lev Leviev International - LLI, tal como também avançou o Novo Jornal Online em Agosto.

Com este negócio, a Sociedade Mineira de Catoca passa a contar com uma estrutura accionista liderada pela Alrosa e pela Endiama, ambas com uma participação de 41%, sendo que os chineses da LL International Holding BV mantêm 18% do capital.

A Sociedade Mineira da Catoca, em actividade deste 1997, que, para além da extracção, também faz prospecção e comercializa diamantes, é responsável pela extracção de 75 por cento dos cerca de nove milhões de quilates que Angola produz anualmente e surge em 4º lugar na lista mundial dos maiores kimberlitos, que é a extensão rochosa que liga a área de formação dos diamantes no interior da terra à superfície.