José Manuel Ganga Júnior, que falava durante a apresentação um breve resumo das actividades da empresa, anunciou que o objectivo da diamantífera estatal é passar a figurar entre as maiores produtoras mundiais de diamantes, duplicando a produção para 14 milhões de quilates até 2022.

"Trabalhamos para vender mais e melhor, na comercialização, e produzir mais e melhor. Estamos a criar condições também para que a Endiama passe a ter produção própria, bem como a criar todo um conjunto de infraestruturas que vai permitir saltar dos oito/nove milhões de quilates por ano para os 14 milhões em 2022", disse, citado pela Lusa.

"Temos condições naturais de recursos, de reservas de diamantes, precisamos é de investir e trabalhar mais na investigação geológica e mineira, porque o potencial de Angola lhe permite ir um pouco mais longe, e, talvez situarmo-nos entre os dois primeiros [produtores mundiais] até 2022", salientou.

O Governo aprovou, no dia 5 de Dezembro de 2018, em Conselho de Ministros, o Regulamento Técnico de Comercialização de Diamantes Brutos que, na prática, põe fim ao monopólio da venda do mineral, criando formalmente a Agência Nacional de Petróleos e Gás (ANPG).

O regulamento é um "instrumento legal" que estabelece as modalidades de compra e venda de diamantes, com o intuito de "atingir os objectivos estratégicos do sector mineiro e da política de comercialização definida pelo executivo, visando aumentar a prospecção e exploração, fomentar o investimento externo, instalar fábricas de lapidação e obter maiores receitas para o Estado.

A 07 de Agosto, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, anunciou uma reestruturação no sector geológico-mineiro no país, que passa pela remodelação das empresas públicas e concessionárias do país, como a Endiama e a Ferrangol.

Diamantino Azevedo lembrou que, à semelhança da criação, em Agosto, da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), há também um processo com calendarização e programação aprovadas, iniciado com a nomeação, pelo Presidente da República, da Comissão Instaladora e do Grupo de Acompanhamento da Instalação da nova entidade.