De acordo com uma nota enviada às redacções pelo Ministério das Finanças, a renovação na administração do FSDEA, determinada na passada quarta-feira pelo Presidente da República (PR), João Lourenço, aconteceu depois de uma "avaliação rigorosa", feita com o apoio de uma consultora internacional, "sobre a gestão, alocação dos activos e estrutura de governação corporativa" da instituição.

O Ministério das Finanças reforça também que há "ausência de políticas, estratégias e planos de investimentos consistentes e transparentes", pelo que considera haver a "necessidade de revisão do modelo de governação corporativa".

O documento refere que estão a ser implementadas "acções de reestruturação do Fundo Soberano de Angola, com vista a criação de uma adequada estratégia e plano de investimentos, para assegurar maior transparência e controlo da instituição, em alinhamento com as melhores práticas internacionais", com vista a "melhorar a supervisão dos Órgãos do Estado, nomeadamente do Presidente da República, do Ministério das Finanças, Banco Nacional de Angola e demais órgãos do Estado".

O mesmo documento sublinha que um dos passos nesta direcção foi a nomeação de um novo Conselho de Administração que integra quadros nacionais de reputada competência técnica, sólido percurso profissional e idoneidade necessária para o provimento de cargos em instituições financeiras.

A mesma nota informa sobre a necessidade de celeridade na conclusão do processo de reestruturação, para garantir que o FSDEA "desempenhe, com mais eficácia, o seu papel na estabilização macroeconómica e sustentabilidade financeira do país, garantido, deste modo, prosperidade às futuras gerações".

O Ministério das Finanças vai criar um Comité de Supervisão do Fundo Soberano de Angola, tendo em atenção a garantia de uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos estratégicos do Estado.

O Presidente da República, João Lourenço, nomeou, na quarta-feira, Carlos Alberto Lopes, para o lugar de José Filomeno dos Santos, "Zenú".

O FSDEA, criado em 2012 para gerir investimentos do Estado, tem a seu cargo 5 mil milhões de dólares.