O acordo de compra do LNG angolano a partir do projecto localizado no Soyo, segundo foi divulgado pela Glencore, não tem data limite para vigorar nem estabelece limites para as quantidades a comercializar nos mercados internacionais.

Depois da Vitol e da RWE, também a Glencore, com sede na Suíça e de capitais anglo-suíços, surge a disputar o LNG angolano, o que permite ao projecto angolano, que resultou da parceria entre a Sonangol, a Chevron, a BP, a ENI e a Total e custou 10 mil milhões USD, perspectivar novos horizontes para a sua rentabilização depois de um longo período de avarias e suspensões de actividade.

Estes três negócios com três dos mais importantes "traders" do ramo permite ainda ao LNG-Angola, como avança hoje a imprensa especializada, ultrapassar o problema, que poderia ser sério, da anulação das perspectivas de venda para os EUA por causa do crescimento abrupto do sector do "shale", ou "gás de xisto", extraído a partir deste tipo de rocha a grandes profundidades no solo.

De acordo com o LNG Angola, com este acordo é dado um passo importante na construção de uma plataforma de grandes "players" do sector para comercializar a matéria-prima nos mercados internacionais.

Nem os compradores, Glencore, Vitol ou RWE, nem a administração do LNG Angola avançaram quaisquer números envolvidos nos negócios, seja quanto a valores em dinheiro, seja quanto à quantidade a exportar.