A medida compreende também o fim da gestão directa dos dinheiros públicos reservados ao financiamento da construção de novos projectos, a venda de habitações e a execução do processo de cobranças das rendas dos imóveis.

A informação é avançada pelo semanário Expansão, que cita uma fonte governamental. Segundo o semanário, a IMOGESTIN foi afastada da gestão, bem como da construção e venda de projectos habitacionais públicos adjudicados pelo Governo.

A falta de prestação de contas do Fundo de Activos para o Desenvolvimento Habitacional (FADEH), por parte da promotora imobiliária está também na origem da rescisão do contrato de gestão e construção das 14 centralidades e outros projectos habitacionais, revela ainda o Expansão, que aponta o fraco retorno dos financiamentos públicos aplicados no quadro do Programa de Fomento Habitacional Social em Angola como um dos motivo0s para o fim da relação do Estado com a IMOGESTIN.

"De acordo com fonte da IMOGESTIN, a imobiliária contratou, nos últimos anos, um sindicato de bancos para captar investimentos e financiamento e para captar os pagamentos das habitações vendidas ao público no quadro da política do Executivo da promoção da habitação social. No entanto desconhece-se quer o montante já depositado no Fundo de Activos pelos inquilinos das centralidades, quer por aqueles que compraram casas com dinheiro público", escreve o jornal, que adianta que o "FFH explicou que pessoas que compraram apartamentos nas novas centralidades com financiamento do Estado não estão a fazer os reembolsos, situação que põe em causa a continuidade da implementação do Programa de Fomento à Habitação Social em Angola".

O Fundo funciona de forma autónoma e os dados indicam que 50% dos inquilinos de apartamentos das centralidades do Kilamba e Sequele, em Luanda, têm as rendas resolúveis em atraso, apesar dos descontos feitos pelo Estado, em 2017. O FFH é um fundo público, criado em Setembro de 2007.