Na abertura deste seminário, em Luanda, na quarta-feira, que decorre até hoje, Ricardo de Abreu, citado pela Angop, defendeu que a vitalidade das economias dos países membros da OMAOC, que tem Angola como participante, vai ser fruto do que forem os projectos dos respectivos Governos para desenvolver o potencial económico do sector dos transportes marítimos.

Num momento em que Angola procura reconstruir a credibilidade internacional através de políticas nacionais e através de acordos com organismos internacionais, Ricardo de Abreu aproveitou a abertura deste seminário para sublinhar a importância da eficiência e eficácia das administrações marítimas para cumprirem a sua parte no esforço dos Estados para maximizar o potencial económico deste sector estratégico.

"Estamos envolvidos na prossecução dos objectivos da OMAOC, organização que presidimos por muitos anos e garantimos até hoje a representação permanente da instituição na organização Marítima Internacional, em Londres, sem mencionar o facto de sermos um dos maiores contribuintes para o orçamento operacional da organização e que é um alto funcionário angolano que lidera a OMAOC desde a assembleia-geral de 2011 em Kinshasa", disse o Governante, ainda citado pela Angop.

O Ministério dos Transportes, face a este cenário, e sublinhando que tem grandes ambições para o transporte marítimo, disse na sua intervenção que encarregou o Instituto Marítimo e Portuário de Angola (IMPA) de elaborar uma política orientada para a modernização das infra-estruturas, a conectividade dos portos com outras modalidades de transportes para servir o interior do país e estados vizinhos, bem como foi definido um conjunto de iniciativas que visam incentivar o sector privado para desenvolver o sector naval industrial e, entre outros, a gestão portuária através de parcerias com organismos internacionais.

Ainda neste arranque do 2° Seminário de Reflexão sobre a Autonomização das Marinhas Mercantes do espaço da OMAOC, o seu secretário-geral, Alain Michel Luvambano, destacou como ponto alto dos trabalhos a análise do projecto de resolução sobre a autonomização das marinhas marcantes a serem submetidas para aprovação dos Ministérios dos Transportes de forma a que possam ser adoptadas na próxima Assembleia-Geral que vai ter lugar em 2019, no Gana.

E deixou um conselho aos Estados membros, no sentido de criar condições que garantam aos investidores nacionais e internacionais a aplicação de capitais, criação de empresas de transportes marítimos e suas actividades conexas, assim como a exploração dos recursos do mar, sublinhando em especial a necessidade de dar maior eficácia ao combate à pesca ilegal, que delapida os recursos dos países e empobrece as suas populações, ou ainda a poluição do mar, que,, para o futuro dos países costeiros, terá consequências devastadoras.