Segundo o relatório mensal do INE angolano sobre o comportamento da inflação, a que a Lusa teve acesso, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) de Setembro contraria as subidas mais ligeiras, de 1,21% em Agosto, 1,25% em Julho e 1,26% de Junho.

O valor mais próximo deste máximo na taxa de inflação mensal registou-se em Julho de 2016, quando, no espaço de um mês, os preços sofreram um aumento médio na ordem dos 4,26%.

Em termos do acumulado dos últimos 12 meses, o valor cifrou-se nos 21,6%, o mais alto desde Janeiro, avança a folha de informação rápida do INE.

Este registo tinha vindo a descer desde Outubro de 2017, quando atingira os 26,25% (acumulado a 12 meses). Em Agosto de 2018, o valor encontrava-se nos 18,56%, em Julho, nos 19,01%, e em Maio, nos 19,52%.

De acordo com o INE, o principal sector a influenciar esta subida dos preços em Setembro de 2018 foi o da "Habitação, Água, Electricidade e Combustíveis", com uma variação mensal de 43,33%, responsável por 3,5% do aumento total de 4,75%. Seguiram-se os "Transportes", com 2,11%, e o sector do "Vestuário e Calçado", com 1,89%.

Os aumentos de preços foram liderados pelas províncias de Luanda (4,98%), Cunene (2,78%), Bengo (2,63%) e Namibe (2,19%), enquanto as com menor variação foram a Kuando Kubango (0,85%), Huambo (1,15%), Bié (1,18%) e Cabinda (1,31%).

Em 2016, a inflação em Angola (12 meses) ultrapassou os 41% e no ano seguinte os 23%.