Desde que foi afastada da presidência do conselho de administração da Sonangol, Isabel dos Santos tem recorrido ao Facebook, Twitter e Instagram para comentar notícias relacionadas com a petrolífera nacional, comportamento que sugere que apesar de ter saído da Sonangol a Sonangol ainda permanece em si.

Apesar do aparente apego à "galinha dos ovos de ouro" de Angola - conforme descrição do Presidente da República, João Lourenço -, a empresária, quando chamada a comentar a sua exoneração, revela um quase total distanciamento em relação à decisão.

Depois de ter declarado que saiu de consciência tranquila e com resultados, a gestora considerou, ontem, 8, no Egipto, que o seu afastamento foi "normal", tendo em conta o contexto de mudança política que se vive em Angola.

"Acho que houve uma mudança de visão sobre o rumo da companhia", disse a bilionária, numa entrevista à margem da conferência Business for Africa and the World 2017, que decorre no Egipto, organizada pelo Mercado Comum da África Oriental e Austral (Comesa, na sigla em inglês).

Questionada sobre as especulações que têm surgido relativamente a eventuais motivações políticas por detrás do seu afastamento da Sonangol, a empresária não alimentou a polémica.

"Não sou política. O meu foco são os negócios, construir negócios", sublinhou Isabel dos Santos.