Esta é a segunda empresa do universo empresarial de Isabel dos Santos a preparar o despedimento colectivo de funcionários depois da suíça De Grisogono, no ramo da joalharia de luxo, com sede em Genebra, ter avançado com o anúncio do despedimento de cerca de 40 pessoas devido à quebra registada ultimamente nas vendas.

Também na Efacec, empresa que lidera o mercado global de carregadores rápidos de baterias para carros movidos a electricidade, avançou com um processo de despedimento colectivo, noticiou hoje a imprensa portuguesa, citando fonte da Comissão de Trabalhadores (CT).

Este anúncio do despedimento colectivo surgiu quando a Comissão de Trabalhadores discutia com a administração o caderno reivindicativo, tendo o documento que formaliza os despedimento dado entrada no Ministério do Trabalho português, integrando no lote cinco membros da CT.

Recorde-se que a Efacec está, precedendo a chegada da investidora angolana, em processo de reestruturação financeira, tendo chegado aos lucros no exercício de 2016, depois de três anos consecutivos a revelar prejuízos, precisamente um ano depois da administração depender de Isabel dos Santos.

Na altura em que estes resultados positivos, na ordem dos 4 milhões de euros, numa facturação global que excede os 400 milhões, foram revelados, a administração da empresa indicou estar a recrutar estimando que os seus quadros iriam aumentar em 700 trabalhadores até 2020, tendo actualmente cerca de 2 300.

No passado mês de Janeiro, a Efacec inaugurou, no norte de Portugal, com a presença do ministro luso da Economia (fotografia), uma nova unidade industrial direccionada para a produção de carregadores ultra rápidos para baterias de carros eléctricos, onde a empresa é líder mundial.

Naquela altura, a Efacec anunciou que iria passar dos 110 trabalhadores para cerca de 200 ainda este ano e que esse número será duplicado nos próximos anos.

Já depois de a CT ter anunciado os despedimentos, a administração da empresa confirmou em comunicado o despedimento colectivo de 21 trabalhadores da área de transformadores de potência porque estes se recusaram a aceitar "soluções de mobilidade e rescisões por mútuo acordo".

"Esgotadas todas as alternativas consensuais possíveis, a empresa não tem outra alternativa que não seja utilizar os mecanismos previstos na lei para garantir a sustentabilidade da área dos transformadores de potência", avança ainda o comunicado da empresa.