Através de um comunicado, divulgado ontem, 18, a firma que até recentemente geria 85% dos activos do Fundo Soberano de Angola, alerta para os "prejuízos financeiros significativos e crescentes" que estão o resultar do congelamento das suas contas bancárias, bem como da suspensão das suas licenças de investimento, impostos pelas autoridades das Ilhas Maurícias.

Segundo a nota, consultada pelo Novo Jornal Online, a Quantum Global não tem conseguido cumprir as obrigações básicas com os funcionários, parceiros de investimento, credores, prestadores de serviços e autoridades fiscais, devido a essa dupla penalização.

"Milhares de trabalhadores valiosos que temos em África não receberam os salários, incluindo 30 funcionários nas Maurícias", informa a firma conduzida por Jean-Claude Bastos de Morais.

O empresário suíço-angolano alerta também para sérias disputas legais e contratuais, incluindo por reclamações de prejuízos, suspensão de relações bancárias e imposição de multas, que podem surgir "se a situação se continuar a arrastar".

Reafirmando o respeito pelas leis e políticas de investimento, não apenas nas Maurícias mas em todo o mundo, o ex-gestor do Fundo Soberano de Angola acrescenta que o impacto negativo nos negócios da Quantum Global calcula-se diariamente.

"Por cada dia em que a ordem de restrição e o congelamento das contas se mantêm, os custos desta disrupção crescem significativamente", sublinha Bastos de Morais, no comunicado.