Na intervenção que fez para os quadros do Ministério das Finanças, Archer Mangueira aproveitou para dizer que são difamatórias as notícias que dão conta da existência de processos que o envolvem a serem investigados pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).

O responsável pelas Finanças, depois de apelar à calma e à serenidade dos quadros do ministério, alertou para o facto de ter sido a tutela que detectou e participou às autoridades os casos suspeitos de desvio de verbas públicas.

"Neste momento, alguns de vós podem estar a sentir-se tristes, com algum desânimo, eventualmente com falta de confiança. São emoções negativas, mas compreensíveis. Peço a todos que descartem essas emoções negativas e as substituam por emoções positivas. Por favor, recuperem a alegria, o entusiasmo e a confiança", apelou Archer Mangueira na reunião que teve lugar hoje de manhã.

Recorde-se que o Ministério das Finanças emitiu um comunicado a propósito da detenção do agora ex-director nacional do Tesouro onde acrescenta, já depois de ter sido noticiada a situação, que está a colaborar com as autoridades na investigação em curso, a cargo do SIC.

Já hoje, o ministro voltou a garantir o empenho do seu ministério no esclarecimento do caso em que o seu director nacional do Tesouro foi detido, alegadamente por questões relacionadas com pagamentos fictícios a empresas, sublinhando que aguarda pelos resultados das investigações conduzidas pelas autoridades competentes.

Sobre as notícias que colocam o próprio ministro como alvo de investigações do SIC, depois de o Novo Jornal ter avançado, citando uma fonte do serviço, que existem seis processos com "prova suficiente" para uma eventual detenção, Archer Mangueira disse aos seus colaboradores e quadros do Ministério das Finanças que são "notícias difamatórias" e que têm como objectivo atacar a sua posição à frente das Finanças.

Para além do director nacional do Tesouro, Edson Vaz, na área económica foi ainda exonerado pelo Presidente da República, João Lourenço, o agora ex-secretário de Estado para os Assuntos Económicos do Presidente da República, no decurso de uma acção judicial em curso na Suíça, e ainda um grupo de funcionários da AGT.

Lembre-se que, segundo a nota enviada à redacção do Novo Jornal Online pelo Ministério das Finanças, Archer Mangueira "tem insistido reiteradamente na probidade e na legalidade, junto de todos os responsáveis, técnicos e trabalhadores do Sector das Finanças Públicas", dos quais "tem requerido carácter, competência e responsabilização".

O comunicado sublinha ainda que o Ministério das Finanças "está focado e completamente comprometido nas exigentes tarefas de gestão das finanças públicas", nomeadamente na implementação do Plano Intercalar (Outubro de 2017 - Março 2018) de Medidas de Políticas e Acções Para a Melhoria da Situação Económica e Social.

E hoje reiterou este ponto: "Todos nós devemos estar focados e completamente comprometidos com as exigentes tarefas de gestão das finanças públicas. O Ministério das Finanças é parte activa no cumprimento do Plano Intercalar, o que exige de nós trabalho com entrega e abnegação".

Acrescentando: "O Ministério das Finanças é o principal interessado na preservação de elevados padrões de ética e legalidade nas Finanças Públicas. Por isso, colabora sempre com as autoridades judiciais, e muitas vezes de forma proactiva. Foi assim nesse caso, no passado recente, e vai continuar a ser assim".