De acordo com o jornal económico Expansão, depois da apreciação e votação na generalidade, seguem-se vários encontros com parceiros sociais, para contribuições à proposta de Lei do OGE de 2018, entre outras reuniões nas comissões parlamentares.

Segundo o Expansão, a proposta de Orçamento Geral do Estado para 2018, se for aprovada tal como foi entregue na Assembleia Nacional, "poderá abrir a porta ao maior aumento de impostos de que há memória em Angola, em particular sobre as famílias", com "um incremento de impostos sobre o trabalho, o consumo e as casas".

As contas do Estado para 2018 prevêem um défice de 697,4 mil milhões de kwanzas, equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), traduzindo-se no quinto ano consecutivo de 'buraco' nas contas nacionais, devido à crise do petróleo.

De acordo com o relatório de fundamentação do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, Angola calcula gastar mais de 975 mil milhões de kwanzas em Defesa e Segurança, o equivalente a 21,27 por cento de todas as despesas do Estado.

Na proposta apresentada, o Governo prevê gastar 11,30% das despesas públicas com a Educação (cerca de 517,78 mil milhões de kwanzas), 7,40% com a Saúde (perto de 339,13 mil milhões de kwanzas), e 14,83% com a Proteção Social (a rondar os 680 mil milhões de kwanzas).

A votação final do OGE no parlamento deverá acontecer até 15 de Fevereiro e o Governo prevê despesas e receitas de 9,658 biliões de kwanzas e um crescimento económico de 4,9% do PIB. A entrada em vigor do Orçamento é no dia 1 de Março.