Esta exigência resulta do processo que começou quando a Oi ficou, através da sua operação em Portugal, na Portugal Telecom (PT), com a PT Ventures, segundo a empresa brasileira, a ter por haver os dividendos da operadora de Isabel dos Santos, na qual detém 25 por cento do capital.

Como lembra o Jornal de Negócios, em Outubro de 2015, a Oi, através da PT Ventures, iniciou um processo arbitral contra os outros accionistas da UNITEL por, alega, estes terem violado o acordo parassocial da operadora angolana, incluindo o facto de não terem sido pagos à PT Ventures os dividendos da UNITL e terem retido "informações e esclarecimentos sobre tal pagamento".

Depreende-se, entretanto, do conteúdo das alegações iniciais produzidas pela Oi, no âmbito do processo que a opõe aos outros accionistas da UNITEL, que a operadora brasileira soma, por indicação de um especialista financeiro, no total, cerca de 3,4 mil milhões de dólares, contabilizando os juros inerentes ao tempo que medeia até à data do pagamento, sendo a referência aqui o ano de 2016, o que permite concluir que a este montante se deverão acrescentar outras exigências relativas a novos juros.

Este valor global é, ainda segundo o Negócios, que cita uma fonte da Oi, "o total pedido pela PT Ventures, e visa repor todas as perdas sofridas pela empresa".

A PT Ventures mantém ainda, desde 2015, uma acção contra a UNITEL, num tribunal de Luanda, através do qual procura ser ressarcida de dividendos de 2010 a 2013, o que os outros parceiros na operadora angolana refutam através de argumentos jurídicos que, entre outros pontos, compreendem a violação do acordo de accionistas.

No relatório de 2016, que deve ser aprovado na assembleia-geral marcada para finais de Abril, a Oi reconhece prejuízos de quase 2,5 mil milhões de dólares, quase mais 500 milhões que no ano anterior.