Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral da Organização dos países Exportadores de Petróleo (OPEP) - que iniciou esta segunda-feira, 17, uma visita de dois dias a Angola -, o PCA da Sonangol lembrou que mesmo"quando o petróleo baixou até aos 40 dólares por barril, em Angola não tínhamos concessões petrolíferas que perdiam dinheiro".

Carlos Saturnino considerou que definir um "preço justo" para o preço do petróleo é "um bocadinho difícil", mas defendeu que para a Sonangol só existe o preço "a partir do qual as concessões petrolíferas em Angola são rentáveis".

Tendo este cálculo presente, o responsável garante que "com 61 dólares o barril, não há nenhuma concessão em Angola que perca dinheiro".

O PCA da Sonangol reitera a confiança na capacidade de resistência do sector petrolífero nacional, sublinhando que com o petróleo a 40 dólares "a indústria em Angola não morreu", ainda que tenha ficado "mais lenta" e que se tenha ganho "menos dinheiro".

Apontado aquela que seria uma "situação confortável de longo prazo" para o país, Carlos Saturnino apontou que "um preço entre os 60 e 70 dólares seria já bastante bom [para Angola]", mas frisou que se o valor for inferior "isso não significa que perderemos dinheiro".

O homem forte da Sonangol deixou de fora da sua análise o impacto da queda do preço do barril do petróleo sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, considerando que a proposta, aprovada na sexta-feira passada no Parlamento, assenta sobre uma cotação de 68 dólares o barril, acima dos valores das últimas semanas.