Através de um comunicado, ao qual o Novo Jornal Online teve acesso, a companhia italiana avança a colaboração com a Sonangol para desenvolver o sector das refinarias no país.

O apoio da ENI, "para melhorar a eficiência das refinarias existentes e contribuir na definição de futuras refinarias", poderá desbloquear o impasse instalado na construção da refinaria do Lobito.

O projecto, interrompido por não ser considerado prioritário para a Sonangol devido à quebra do preço do petróleo no mercado internacional, está dependente da identificação de parceiros, informou a companhia nacional, num comunicado divulgado no início de Julho.

"Para o ano em curso, não foi orçamentado no programa de investimentos o projecto de construção da refinaria de Lobito, tendo sido suspenso para a reavaliação da visão estratégica e da viabilidade económica. No entanto, tem-se envidado esforços no sentido de promover o projecto no mercado internacional, visando a captação de fundos ou parceiros", anunciou a petrolífera nacional.

Embora a ENI não tenha avançado mais dados sobre as futuras refinarias em estudo, o Lobito deverá estar nesse mapa, tal como o Soyo, projecto em reavaliação.

A estes dois planos junta-se um outro de investidores russos para construção de uma refinaria na província do Namibe, um mega projecto que prevê ainda uma linha férrea unindo as centenárias linhas de Benguela e de Moçâmedes, num investimento global de 12 mil milhões de dólares e que deverá criar 2.100 postos de trabalho para angolanos e 900 para expatriados.