Numa nota sobre a emissão de 3 mil milhões de dólares de dívida pública, efectuada no mês passado por Angola, a EIU destaca a receptividade do mercado a esta operação.

"O facto de ter havido mais 500 investidores com ofertas de 9.000 milhões de dólares, no total, e taxas de juro mais baixas do que o esperado, reflecte a confiança aumentada na política local", consideram os peritos da unidade de análise da The Economist, citados pela agência Lusa.

Para os especialistas a circunstância de o Executivo liderado por João Lourenço ter embarcado "numa série de programas de reforma económica, prometendo combater o tema sempre presente da corrupção", aumentou o interesse dos investidores, igualmente espicaçado pelo "envolvimento crescente das autoridades com o Fundo Monetário Internacional (FMI)" e pelo "ligeiro fortalecimento dos preços do petróleo".

Apesar dos bons sinais que chegam de Angola, a EIU lembra que os riscos persistem, e dá como exemplo a decisão do país ir ao mercado angariar 2.000 milhões de dólares. Segundo os analistas isso "mostra a crescente necessidade de financiamento externo devido ao impacto do preço do petróleo, que continua bem abaixo dos níveis de 2014".