Em comunicado, a Sonangol Logística, empresa do grupo petrolífero estatal responsável pela distribuição de combustíveis, esclarece que está a "experimentar sérias dificuldades na atracagem do navio de combustível na província de Cabinda".

"As turbulentas condições marítimas na costa da referida província, com forte agitação nas últimas duas semanas, impõem à Sonangol Logística um cenário que dificulta o aprovisionamento com a regularidade desejada, situação que resulta na redução da disponibilidade de combustível", refere a petrolífera no mesmo comunicado.

"Um navio carregado de gasóleo e gasolina encontra-se ao largo de Cabinda, aguardando por melhorias nas condições marítimas para proceder à atracagem e ao respetivo abastecimento", acrescenta.

Ainda no comunicado, a Sonangol informa que que está a tentar "mitigar os efeitos" deste problema, "garantir a reposição da normalidade e a consequentemente eliminação dos focos de especulação".

Apelando "à compreensão e à calma dos consumidores", a Sonangol garante "haver disponibilidade de quantidades significativas de combustível para todo o mercado nacional".

Cabinda enfrenta escassez de combustíveis há 15 dias

A cidade de Cabinda regista uma escassez de gasóleo e de gasolina há duas semanas, o que está a provocar grandes filas de automóveis e motociclos nas bombas de combustíveis.

A Angop escreve que vários automobilistas se mostraram descontentes com a situação e pediram soluções imediatas à Sonangol, defendendo a necessidade de uma refinaria na região para ultrapassar a situação das insuficiências de stocks de combustíveis, recorrentes na província, que, devido à sua localização geográfica, entre a República Democrática do Congo e a República do Congo, só pode ser abastecida por via marítima.

Segundo os automobilistas, citados pela Angop, a construção de uma refinaria na região ultrapassaria também os constrangimentos provocados pelas marés altas (calemas), que impedem o transporte marítimo e de combustível de Luanda para Cabinda.