Este documento foi hoje apresentado por ocasião da tradicional conferência de imprensa nos seus aniversários quando a empresa comemora 44 anos de vida, onde surge reconhecido que, "do ponto de vista técnico, a empresa não estava preparada para conter este tipo de ataque".

O departamento informático da Sonangol "levou 60 dias para resolver o problema, mas os dados importantes não foram afectados, porque se encontravam em base de dados e em pastas partilhadas", segundo o documento apresentado pela presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins.

"Na generalidade os nossos dados foram quase todos recuperados. Alguma informação que se encontrava na área de facturação foi perdida, mas também é uma percentagem não muito considerável", acrescenta o documento referido pelo líder da petrolífera nacional.

Gaspar Martins adiantou, sobre este sector, que estão garantidas as melhores condições de segurança que existem disponíveis, mas deixou um alerta para a necessidade de atenção permanente porque não há sistemas de segurança informáticos 100 por cento garantidos em lado nenhum do mundo.

O PCA da Sonangol lembrou ainda que em 2017 foi assinado um memorando com uma empresa de serviços helitransportados canadiana, a CHC, para dar inicio ao processo de regeneração da Sonair.

Referiu que o memorando compreende duas fases, a primeira abarcar a avaliação interna completa da SonAir em termos de organização, processos e sistemas, enquanto a segunda pode, após análise, ditar a formação de um consórcio entre as empresas estrangeiras e a subsidiária de aviação da Sonangol, visando o relançamento das suas actividades.

"A administração está a avaliar junto da SonAir qual deve ser o melhor modelo de negócios para a subsidiária aérea, com ênfase para os helicópteros que apoiam a indústria petrolífera", sustentou, salientando que não há descontinuidade com a companhia que tem como missão apoiar o transporte de e para as plataformas petrolíferas e no apoio mais alargado a este sector.

O PCA da Sonangol abordou ainda os investimentos da empresa nos dois campos petrolíferos que tem no Iraque, Qayyarah e Najmah, de onde obtém uma produção diária de 25 mil barris, que, por causa dos conflitos naquele país do Médio Oriente, esteve parado, gerando avultados prejuízos à empresa.

"O nosso investimento no Iraque é de risco. Ficamos parados durante quatro anos e os trabalhos foram retomados nos últimos dois anos", disse o PCA, salientando que neste momento estão a discutir com o Governo de Bagdad uma revisão dos acordos existentes de forma a garantir um melhor retorno deste investimento.