Traduzido em números, isto significa que Angola, o 2º maior parceiro comercial com o gigante asiático entre o universo lusófono, e a China trocaram bens no valor de 17,13 mil milhões de dólares norte-americanos.

Ainda segundo os dados das alfandegas chinesas, divulgados pela Lusa em Macau, Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 1,65 mil milhões de dólares, mais 33,65%, e comprou mercadorias avaliadas em 15,47 mil milhões de dólares, reflectindo uma subida de 46,75%.

Os dados referentes a Angola estão englobados no conjunto dos negócios existentes entre a China e o conjunto dos países lusófonos, que, ainda segundo a mesma fonte, subiram 29,36% até Setembro, em termos anuais homólogos, atingindo 89,42 mil milhões de dólares.

Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 62,80 mil milhões de dólares - mais 31,26% - e vendeu produtos no valor de 26,61 mil milhões de dólares, mais 25,09% em termos anuais homólogos.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 66,54 mil milhões de dólares entre Janeiro e Setembro, um valor que traduz um aumento anual homólogo de 28,78%.

As exportações da China para o Brasil atingiram 21,12 mil milhões de dólares, reflectindo uma subida de 33,57%, enquanto as importações totalizaram 45,41 mil milhões de dólares, mais 26,67% comparativamente aos primeiros nove meses do ano transacto.

Com Portugal, terceiro parceiro da China no universo dos países de língua portuguesa, o comércio bilateral cifrou-se até Setembro em 4,23 mil milhões de dólares - mais 1,94% -, numa balança comercial favorável a Pequim.

A China vendeu a Lisboa bens na ordem de 2,71 mil milhões de dólares - menos 10,98% - e comprou produtos avaliados em 1,52 mil milhões de dólares, mais 37,33% face aos primeiros nove meses do ano passado.

A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que se reúne a nível ministerial de três em três anos.