De um lado da barricada estão a PT Ventures, detida pela brasileira Oi, e a Sonangol, petrolífera estatal angolana, que recusam a continuidade de Isabel dos Santos como presidente do conselho de administração. Do outro, estão a Vidatel, controlada por Isabel dos Santos, e a Geni, propriedade do general Leopoldino Fragoso do Nascimento, que não aceitam as alternativas propostas pelos outros dois accionistas.

Como cada um dos quatro accionistas controla 25% da Unitel, o resultado da disputa é de um empate técnico.

Poucos dias antes da data agendada para a assembleia-geral em que deveria ser escolhido o novo PCA da operadora, a directora-geral adjunta para os Assuntos Corporativos da UNITEL, Eunice de Carvalho, nada quis adiantar à agência Lusa,, limitando-se a assinalar que o que quer que aconteça de "relevante" na reunião será comunicada posteriormente aos "clientes, Governo e público".

A empresa elegeu, em Março, um novo Conselho de Administração (CA), o que resultou na saída de Isabel dos Santos da presidência, mantendo-se, no entanto, na administração.

Em Maio, na primeira reunião após a renovação do CA, os quatro accionistas não chegaram a um acordo quanto ao nome do PCA, tendo sido adiada a decisão para esta assembleia-geral realizada na quarta-feira, 19, que foi adiada por desentendimento entre os accionistas.