Esta solução esta a ser aplicada desde quarta-feira e termina na segunda-feira, coincidindo com o fim do período de exames nacionais neste país do norte de África.

A decisão do Governo argelino foi justificada para evitar que se repetissem situações ocorridas no passado em qualquer um dos mais de 2 000 centros de exames criados em todo o país.

As provas do ensino secundário, que este país no norte de África concentra todos os anos em locais específicos, foi capa de jornais no passado devido ao massivo "copianço" dos alunos, que ganhou foro de escândalo nacional, como relatam os media locais.

Cumulativamente ao apagão na internet, as autoridades argelinas colocaram ainda câmaras de filmar e detectores de metais nos centros de exame espalhados pelo país como forma de aumentar a eficácia das medidas, visto que em 2017 o apagão da internet não se revelou suficiente.

Na quarta-feira, a internet foi fechada por duas horas, tempo de duração dos exames marcados para este dia e o procedimento vai repetir-se ao longo dos próximos dias até que sejam concluídos os exames previstos e nas várias disciplinas.

O ministro da Educação, Nouria Benghabrit, explicou aos jornalistas que esta medida - o apagão na internet e os detectores de metais para impedir a entrada de telemóveis e similares e aparelhos para empastelar as comunicações móveis para impedir a entrada de telemóveis e similares - foi decidida para garantir que as notas atribuídas aos alunos são justas e correspondem ao que estes sabem e reproduzem nas provas.

Estas medidas vão manter-se até segunda-feira, quando os mais de 700 mil alunos do secundário terminam esta fase de testes de final de ano.

A Argélia tem em curso um abrangente programa no ensino que visa acabar com o facilitismo dos anos recentes que conduziram a uma quebra acentuada na qualidade da educação medidas por índices internacionais.