No Domingo, Bolsonaro, alcançou 46 % dos votos e Haddad ficou-se pelos 26 por cento.

Fernando Haddad é o candidato da esquerda, ligado a Lula da Silva, ex-Presidente preso por corrupção e que, durante a campanha eleitoral, não descolou da gravidade da corrupção no país que o seu partido, que serviu como ministro da Educação, não conseguiu combater e que procurou convencer o eleitorado de que é na distribuição mais eficaz da riqueza que se combatem os grandes problemas do Brasil, desde a criminalidade ao desemprego.

Bolsonaro é o candidato da extrema-direita que marcou estes eleições com as suas posições extremistas, actuais ou antigas, defendendo ideias racistas, fascistas e homofóbicas em dezenas de vídeos publicados nas redes sociais, mas que conseguiu convencer milhões de brasileiros que é a única solução para combater a criminalidade, a corrupção e o desemprego galopante,

Para a 2ª volta, este cenário de clara vantagem para Bolsonaro pode reverter a favor de Haddad porque Jair Bolsonaro tem uma muito elevada taxa de rejeição, significando isso que há mais brasileiros que não o querem na Presidência que aqueles que dizem que sim às suas ideias controversas.

Agora, nas próximas semanas de campanha até nova ida às urnas dos 147 milhões de eleitores, muito está dependente das decisões dos restantes candidatos sobre quem apoiam na 2ª volta ou mesmo se aconselham ao voto em qualquer um dos dois candidatos, especialmente Ciro Gomes, do PDT, que conseguiu 12 % dos votos e que, provavelmente, mostrará a sua preferência por Haddad, mesmo que não o faça de forma efusiva.