A investigação foi confirmada nesta quarta-feira, 19, pelo ministro da Justiça da Libéria, Frank Musa Dean, depois de o escândalo ter sido divulgado nas páginas do jornal FrontPage Africa.

Para além do envolvimento de mais de 15 funcionários do Estado, incluindo agentes de autoridade, o caso compromete Charles Sirleaf, filho da ex-Chefe de Estado e antigo vice-presidente do banco central da Libéria, e o ex-número um da instituição, Milton Weeks.

Em causa está o desaparecimento de um carregamento de notas, emitidas no ano passado por ordem do banco central da Libéria, a única instituição do país com esse poder.

As autoridades confirmaram que o dinheiro, totalizando 16 mil milhões de dólares liberianos, deu entrada no país - nomeadamente através do porto de Monróvia e do Aeroporto Internacional Roberts, também na capital liberiana -, mas nunca chegou a 'engordar' os cofres do banco central.

As notas, provenientes do estrangeiro porque a Libéria não tem meios para as imprimir, foram encomendadas ainda durante a Presidência de Ellen Johnson Sirleaf, substituída no início do ano pelo ex-futebolista George Weah.